segunda-feira, 17 de setembro de 2018


Prosear sem qualquer pretensão
Energia rara no plano superior
Momento embaralha confusa paixão.
Conexão satisfaz o longo esplendor

Energia absurda se torna redoma
Magnetismo invoca o plano astral 
Transcendência superior agora alcança
Tentação busca o  plano corporal

Momento puro, ingênuo e belo
Pulso saltita, ansiedade liberada,
Tesão que convida, chama ardente,
Corpo estremece, pupilas dilatam

Nada se fala e muito se contempla.

Cá perdido no seu esplêndido olhar
Brilho das jabuticabas saltitantes.
Bochechas rosadas me fazem viajar

Corpo é matéria isenta de sentimento
Orgânico talvez possa explicar
Turbilhão de ideias descaminham o momento
Papo flui em resenha secular

quarta-feira, 12 de setembro de 2018


Ducha massageia os corpos ardentes
Mãos e carícias perdidas no apalpar
Água em banho de saliva indecente
Lábios Saltitantes não querem acalmar

Lambidas da carne outrora adormecida
Mordidas da fome em querer se apaixonar
Sussurros da alma que agora compreendida
Gemidos do momento não se pode controlar

Olhar perdido na pausa de um segundo
A mais bela conexão em formato sacana
Raro momento do gozo profundo
Agora molhados continuam na cama

Paixão em apaixonar,
Energia de outrem convida oxigenar a mente perdida
Qualquer que seja a razão fica abandonada na imensidão
Segundos para contemplar
Ah, como é bom o frio na barriga, abraço que gera tremida
O sussurro do pensamento, Desejo, Paz, Esquecimento
Inquietude talvez!
Sorriso em traços, jabuticabas do olhar, sinfonia ao falar
Momento em desejar
Pele exala além do perfume, um êxtase em plenitude
Turbilhão de sentimentos em um  estalar de dedos,
Paixão, mero combustível indescritível insubstituível
Momento contrasta, mas não se apaga,
De resto, agora, apenas infinita energia renovada

terça-feira, 25 de julho de 2017

Está posto.
Face constipada apenas segue em frente
Não se argumenta, tampouco se deseja
Nebuloso aquilo que atormenta o inconsciente
Sussurrando em direção ao abandono da peleja

Mais um passo.
Álcool e fósforos contemplam o analgésico
Está tudo ritmado, solidão ao exercitar
Abjeto e concreto sem qualquer mistério
Constante em encontrar o inócuo lugar

Descanso
Corpo anestesiado e fogo ardente
Puro silêncio entre goladas e fumaça
Encontra no pensamento a pura semente
Da busca que permeia e também embaraça

Necessário?
A cada passo uma lágrima, desdém na risada 
Oras! Mas que momento patético
Desnecessária caminhada
Pura presepada em ato poético!

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Compreender o incompreensível? Saborear do ardor e mergulhar nas lágrimas da ilusão que corrói a pouca sanidade existente? Sofrimento fétido e vil em desnecessário descompasso.
A escuridão encobre a beleza e dificuldade de estar aqui nesse momento. Águas turvas guiam o ímpeto por menosprezo. O sujeito que fulgurou em sua jornada abraça o desmazelo. Sem titubear glorifica o fracasso por não ter saciado o desejo. Enfadonho desejo que não fora cem por cento explicado. Não cabe ciência ou crendice, muito menos manual. De resto, desperdício de energia, tempo subtraído do pouco permitido, tudo para enaltecer o simples fato daquilo que não fora conquistado.

domingo, 24 de maio de 2015

Será?

Será?
Uma fagulha é necessária para desencadear o incêndio nefasto e sem proposito. Um turbilhão de sensações que facilmente põe abaixo à muralha edificada. Questionamento não supre qualquer raciocínio-logico e abstrato do momento. A dor descabida por alimentar algo tão raso e distante. A necessidade ali empregada fomenta o sentimento aniquilado por Fantasias, sonhos e pensamentos. Energia desperdiçada por achar que seria melhor ou não. Será ou seria? Mas o que é, sim, o presente “é” distante da realidade conquistada com suor diário. A luta desigual travada por um flagelo perante a toda uma estrutura maciça inabalável. Só resta gotejar em sumiços, covardia e exilo. A covardia é nítida e terapêutica, sua posologia trás na prescrição a forma mais vil de se vencer a dura batalha. A pífia fuga sempre retrata para o protagonista a sensação de vitória, que, em momento algum foi uma batalha. Já o Antagonista, sem saber do que passa, assiste boquiaberto a mutilação da subjetividade do companheiro teatral.
Nada se faz e Muito se pensa... mas se pergunta, será? Todos movimentos repetitivos viraram atração teatral ao longo do tempo... mesmo esse Monólogo agora é de certa forma uma parte do Todo. O ambiente traz os amigos como plateia na função de apedrejar a Antagonista, pois toda confusão sempre é inventada, maquiada e arquitetada minuciosamente pelo protagonista. Muito fácil deteriorar outrem que se quer sabe que participa da peça teatral. Toda formalidade da bisonha atitude ilusória e infundamentada trás mais uma vez um desgaste boçal. As entranhas desgastadas agora sabem do odor da farsa.
Alertas são disparados. Agora parece não ser mais será. Mas pergunto, será?
Toda plateia agora ao saber dos subterfúgios de pura “marotagem” do protagonista já não caem em sua lábia teatral. As pedras são deixadas do lado de fora e vaias contundentes direcionadas para aquele que se julga inocente e fraco para as andanças amorosas. O tempo revela que não foi e não será... mas sim, “é”, desprovido de realidade e acorrentado nas amarras da fantasia rasurada numa juventude não experimentada, que apenas fora vislumbrada nas telas hollywoodianas.
Cansado das repetidas cenas de grotescuidade e pouca inovação na cenário, o zelador senta na primeira fileira e assiste friamente o protagonista esbravejar um “inovador” discurso. Com uma total ausência de plateia, o protagonista pretende discursar sobre um novo antagonista. Antes de esbravejar o sonoro “será”, ele para e reflete. Não há uma alma viva no teatro, apenas o zelador que o encara fixamente. É uma boa hora para refletir...
Ora bolas, houvera em algum momento alguma antagonista nessas Estórias? Houve de fato atos para que um verdadeiro roteiro fosse transcrito e com isso o teatro pudesse erguer as cortinas para que a plateia degustasse toda beleza da arte romântica?!
Apenas negativas encontradas... Lágrimas revelam aquilo que nunca soubera. Em nenhum momento houve algo. Cansado das tripudias e fracassos recorrentes, o protagonista pergunta pra o zelador:
- O Que o senhor acha que devo fazer para ter uma verdadeira peça teatral?
Zelador responde: - Ou caga, ou sai da moita
Nada mais fora dito naquela noite fria...

sábado, 14 de março de 2015

Escadarias parte 2

Mazela premeditada pelas andanças
A busca do passado saboreia o amargo
Fortalecido agora de fétidas lembranças
Afago verdadeiro, repúdio reservado

Na primeira escadaria  outra atmosfera
Perturbação sim, constrangimento delineado
Agora na segunda nada mais se espera
Desprezo do dia que houvera um tratado

Natureza do momento acolhe a verdade
Nem se quer  alimenta atenção
Tempo desperdiçado na boa caridade
Houvera interesse e muito tesão

Transitório como a vida de uma pétala
Um sussurro alinha os erros do passado
Sabor de não viver na forma abjeta
Escadaria solidifica finalmente o aprendizado